Linhas de Pesquisa

Biografias, História intelectual e redes historiográficas (séculos XIX e XX), que se dedica a investigar diferentes trajetórias intelectuais em suas múltiplas relações, capturadas em chave biográfica vinculadas às redes historiográficas em curso, em transformação e em formação.

Narrativa, ficção e escrita da história, visando investigar a natureza da narrativa e o problema da ficcionalidade presentes na escrita da história, inquiridas a partir da relação entre a representação histórica ou prática do passado e a construção textual dos estudos históricos.

Memória da Teoria da História brasileira, linha que destina-se a retraçar um percurso da teoria da história no Brasil como um espaço de atuação e de pesquisa autônomos a partir dos anos 1970, a partir de entrevistas e relatos de professoras e professores universitários que atuaram e atuam no campo. A meta é a construção de uma memória que abarque cursos, programas, eventos, obras, debates, redes, embates, disputas, entre outros objetos, lugares e práticas envolvendo a teoria e a metodologia da história brasileira.

História e historiografia do Espírito Santo, que visa analisar as narrativas produzidas sobre o Espírito Santo durante o século XIX por viajantes que passaram pela terra deixando relatos sobre a província e também por cronistas, autoridades, funcionários do governo imperial ou indivíduos comuns. Assim, será possível analisar e contrapor imagens construídas por estrangeiros e brasileiros responsáveis por representar figuras humanas e figuras da natureza, que, por sua vez, inventaram o Espírito Santo daquele tempo. Imagens complexas, às vezes contraditórias, mas que ainda hoje mantém vestígios indeléveis no imaginário regional e na historiografia capixaba. Partindo das proposições de Michel Foucault, Reinhart Koselleck e Michel de Certeau, serão contemplados os discursos e as imagens construídas por algumas narrativas oitocentistas deixadas por viajantes estrangeiros ou cronistas brasileiros, fragmentos que remetem a uma dada realidade, marcados por intenções, valores e juízos, mas também pelo desejo de criar descrições muitas vezes objetivas, evidenciadoras de uma dada consciência histórica articulada pelas experiências vivenciadas e pelas expectativas destinadoras de sua leitura. 

Utopias, distopias e histórias, que se dedica a discutir o problema da imaginação histórica, em sua dimensão discursiva, conceitual e narrativa, pensando o problema da consciência histórica e a formulação de projetos de futuro e de passado marcados pela imaginação social e pela historicidade Visa discutir a possibilidade da existência de uma dimensão distópica em alguns estudos recentes no interior da teoria da história, particularmente naquelas que discutem os limites da narrativa histórica em sua relação com o passado. A hipótese que norteia o trabalho é a de que a presença da distopia, manifestada em diferentes obras literárias e na reflexão filosófica de alguns pensadores (como Theodor Adorno ou Walter Benjamin), apresenta enorme potencial crítico para se pensar uma dimensão distópica da história, que toma o passado como um des-lugar, um espaço-tempo que se desloca nas narrativas históricas e se projeta em passados frustrados, uma verdadeira utopia inversa na qual o passado se torna uma ameaça e um enigma para a investigação histórica.

 

Transparência Pública
Acesso à informação

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910